Best Place to Grow: Um Ideal de Trabalho
Gerenciar pessoas é cuidar de pessoas. É tão simples quanto isso. E até mesmo a Inteligência Artificial pode ajudar. Como?

Ao nos libertar de algumas tarefas, podemos focar mais na dimensão humana de cada colaborador, oferecendo-lhe uma perspectiva de carreira e crescimento pessoal. Assim, nasce o “Best Place to Grow” ou a maneira como as organizações devem encarar o desenvolvimento de suas pessoas.

O bem-estar dos colaboradores continua sendo um desafio para os profissionais de recursos humanos e não há verdade mais absoluta do que “cada pessoa é uma pessoa”. Mesmo em contexto de trabalho, essa abordagem personalizada deve ser alimentada – desde a entrevista, passando pelo onboarding e, sobretudo, no decorrer da jornada do colaborador. Mas por onde começar? Talvez pelo mais fácil e evidente, ou seja, pela perspectiva de carreira que pode existir em cada organização.

O melhor para os colaboradores será o melhor para a empresa, tendo a questão do desenvolvimento profissional e pessoal um peso inegável. Por isso, em todos os setores, mas sobretudo naqueles que são reconhecidos como promotores de boas práticas, é importante fazer uma análise e olhar para dentro: se há recursos para projetos de enorme complexidade e valor, não deveriam existir recursos para desenvolver os colaboradores? Isso significa que a cultura de crescimento de uma organização não pode estar limitada à busca por mais negócios e que as pessoas também contam – e muito!

O aprimoramento contínuo não pode ser um conceito abstrato. A capacitação, seja técnica ou em áreas de interesse dos colaboradores, será sempre uma mais-valia e, hoje, o e-learning apresenta-se como uma opção ao alcance das organizações, que encurta distâncias, rentabiliza o tempo e faz pontes com outras realidades, já que é possível desfrutar de programas de instituições internacionais, que estão empenhadas em responder a esse desafio com mais oferta.

Perspectiva de carreira e desenvolvimento das pessoas são condições inegociáveis no “Best Place to Grow”, um ideal de trabalho ao qual devemos prestar cada vez mais atenção. Mas também não é de se negligenciar a importância de outras ferramentas para reforçar a cultura das organizações, com cooperação e maior contato entre diversas áreas, como o mentoring, ou seja, recorrer a pessoas com mais experiência que, de forma prática, podem ajudar colegas nos desafios, nas dificuldades, quando precisam de orientação em determinados aspectos da vida profissional ou até na hora de celebrar sucessos. Ter alguém que até nem está próximo e pode ser de outra área e/ou de outro projeto, com pontos de vista diferentes, pode ser uma mais-valia.

A avaliação de desempenho é inevitável e deve existir por duas razões: reconhecer o caminho que cada colaborador está fazendo na organização e perceber onde existem necessidades de desenvolvimento. Esta componente será sempre importante, mas deve ser mais incisiva numa fase inicial da carreira para se obter o máximo de feedback e contribuir para que sejam dados “saltos” em termos de progressão.

No mesmo campo, desde o estagiário até ao gerente, deve haver uma avaliação feed forward, ou seja, de olhar para frente, para os próximos anos, para os próximos desafios. Por isso, não devemos nos prender em idades. Porque no “Best Place to Grow” todos contam e todos devem ter um plano para crescer e continuar a desenvolver competências.

Nesta jornada rumo ao sucesso, há um mundo paralelo de oportunidades, com a tecnologia tendo capacidade de nos libertar de algumas funções. Por exemplo, a Inteligência Artificial pode automatizar 50% das tarefas e diminuir em 70% a jornada de trabalho. Vamos aproveitar isso para nos focarmos mais nas nossas pessoas, no seu bem-estar, dentro e fora das organizações, para que possamos criar uma força de trabalho mais produtiva, engajada e feliz.

Ana Sofia Pardalejo
Chefe de Gestão de Pessoas da askblue

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