O que diferencia os vossos serviços de Application Management (AMs) face à concorrência?
O que diferencia a nossa oferta é a flexibilidade e a capacidade de gestão das nossas equipas, aliadas ao conhecimento funcional que temos sobre as aplicações. Neste tipo de serviços facilmente podemos estar a gerir dezenas de aplicações num mesmo cliente, sendo estes fatores diferenciadores críticos para se poder lidar eficientemente com as mudanças próprias dos ciclos de vida de cada aplicação, algumas de elevada complexidade e criticidade para a continuidade de negócio do Cliente.
Para conseguir assegurar uma resposta de acordo com as expectativas do mercado é preciso possuir a experiência e sofisticação técnica/funcional para prestar um serviço de qualidade, acrescidos de níveis de eficiência elevados para conseguir oferecer um serviço competitivo. Nem todas as empresas do mercado conseguem estes requisitos, ou porque são prestadoras multinacionais que não são competitivas em preço ou porque são empresas que não têm as competências e/ou capacidade de adaptação adequadas ao desafios neste contexto.
Que tipo de serviços são disponibilizado num AM?
Num AM são assegurados tipicamente o desenvolvimento de software para melhorias (análise funcional, estimativas de desenvolvimento, desenho técnico, testes unitários e integrados), a pacotizacão para releases e suporte à passagem para os vários ambientes de desenvolvimento e produção, o apoio aos testes de aceitação, a resolução de incidentes e os serviços de manutenção periódica. Podem, e têm sido, disponibilizados serviços de Centros de Excelência (CoEs, responsáveis pela evolução da Arquitetura e Boas Práticas), Piquete e suporte de 2ª linha (“Service Desk”). Cada Cliente define as torres tecnológicas que pretende implementar e o ecossistema aplicacional sobre o qual vai ser prestado o serviço.
Há serviços de AM que, no arranque ou na continuidade, ainda complementamos com competências de User Experience(UX)/User Interface(UI), Arquitetura, Renovação Tecnológica e/ou metodologias específicas de desenvolvimento e operação. Contamos ainda com uma área da askblue mais focada na manutenção aplicacional em regime de nearshore, o ATC (Askblue Technology Center), que apoia em termos de reforço da capacidade, tão necessária para a flexibilidade que se exige nos AMs.
Que tipo de clientes contratam estes serviços?
Essencialmente a Banca e, mais recentemente, um Cliente de referência no sector segurador. Temos, contudo, outros Clientes em curso noutras áreas de negócio.
Como garantem a qualidade nos vossos serviços de Application Management?
Como em qualquer desenvolvimento aplicacional, em particular os de grande complexidade como os AMs, existem sempre situações que não eram inicialmente esperadas. Os nossos Clientes sabem que quando existem dificuldades ou desafios, podem sempre contar com a askblue para os ajudar a ultrapassar, muitas das vezes até trabalhando em equipa com diferentes áreas do Cliente. Não me recordo de nenhuma situação em que as dificuldades não tenham sido ultrapassadas.
Para a prestação do serviço, com a estrutura e dimensão adequadas, é fundamental a partilha prévia e de forma transparente pelos Clientes do histórico da manutenção aplicacional, abertura para a manutenção perfetiva adequada à dimensão do AM e do Cliente e espírito de parceria que pode condicionar fortemente a qualidade e capacidade de resposta do prestador.
Como vê a evolução deste tipo de serviços na askblue?
Esperamos continuar a crescer, respondendo aos desafios que os nossos Clientes nos colocam e conquistando um maior número de novas referências de AMs. Estamos já a preparamo-nos para esse crescimento e criamos um PMO (Project Management Office) específico de Operations onde são consolidadas todas as lições apreendidas nos vários AM, melhores práticas, processos e metodologias. O objetivo é poder replicar serviços de excelência, com as consequentes economias de escala e de gama para a companhia.
A ambição natural é complementar os serviços de Application Management com Service Management, respondendo assim a alguns desafios que temos recebido dos nossos Clientes, quer a nível nacional bem como internacional.
Entrevista publicada no Jornal Económico – “Quem é Quem no Sector Financeiro em Portugal”
Miguel Freire
Partner da Askblue e responsável pela área de Operations