Joana Pereira e Rui Alves
Líderes de Data & Analytics na askblue
A pergunta surge dentro de inúmeras organizações, mas é absolutamente central em setores como o segurador porque a área de Data & Analytics permite ter uma visão ampla do negócio e, sobretudo, responder aos grandes desafios do momento, desde a tomada de decisão até aos desafios regulatórios.
Para as seguradoras, exigem-se respostas céleres e precisas. Além disso, num mercado cada vez mais exigente, a aposta em soluções tecnológicas significa eficiência e maximização de recursos, até porque o tratamento dos dados – desde o momento em que entram até serem transformados com um propósito – possibilitam a disponibilização de reports e dashboards atualizados e altamente fiáveis que apoiam a tomada de decisão. Por um lado, é importante criar uma cultura data-driven dentro das organizações, mas ainda persistem exemplos da sobreposição da intuição face à fiabilidade dos dados. Por outro lado, as seguradoras estão a ser confrontadas com o aumento de pressões regulatórias, o que faz com que tenham de atuar dentro de determinados parâmetros. Neste campo, há que ter em conta que as entidades reguladoras querem saber, cada vez mais, como se obtêm os dados. Segurança, RGPD, autorizações, mas também desautorizações – tudo isto entra na equação. Por isso, é preciso conhecer o ciclo da informação, quem é o dono, não podendo jamais perder essa noção. Depois, a tecnologia fará o resto. Mas ferramentas como a Inteligência Artificial são tão mais inteligentes quanto a Informação que tem e há muitos checkpoints que têm de ser tidos em consideração. Sim, a tecnologia ajuda-nos em diversos momentos. Mas antes deve ser feita uma pergunta: que arquitetura de dados deve existir? Com soluções de Data & Analytics, é possível mitigar riscos regulatórios e estar em conformidade com as normativas impostas, mas também criar alertas de forma a ter a informação necessária e que corresponda às exigências regulamentares. Outras potencialidades passam por conhecer o perfil e prever o risco que determinado cliente implica, utilizar Predictive AI e Generative AI para identificar fraudes, proteger dados confidenciais ou fazer uma gestão de sinistros – uma parte importante do trabalho – mais eficaz e rápida. Não podemos negar que estamos a viver uma revolução tecnológica, baseada em algoritmos e novas formas de trabalho.
Ao contrário de outras eras, esta será mais rápida e vai mudar o mercado. Quem não estiver preparado, pode sobreviver; quem acompanhar a mudança, tem mais hipóteses de consolidar o negócio e dar um salto qualitativo na resposta aos desafios dos seus clientes.